terça-feira, 27 de março de 2012

Desamor, desamores... Amor.

É que a gente vai sempre procurando, se remendando, vai deixando pra lá ou deixando pra daqui uma hora, daqui um dia, uma semana, um ano. Vai levando, vivendo, criando e reinventando amores só para curar desamores... Ilusão. Não existe desamores, existem amores inacabados, amores que foram guardados só pra não doer ou remoer. E vai ficando assim, até que um dia... bem, um dia, ou daqui uma hora, uma semana ou um ano, a gente senta em um desses bancos de praça, em uma tarde qualquer, só pra pensar, imaginar, se preencher um pouco das lembranças que restaram, do vazio que ficou.

— Ficar com você? Porquê? Olha só pra nós, já estamos brigando!
— É o que fazemos. Brigamos. Você fala quando estou sendo desgraçado e arrogante, e eu falo quando você está sendo uma chata irritante. Que é o que você é 99% do tempo. Eu não tenho medo de magoar você. Fica chateada por uns 2 segundos e em seguida volta a fazer a próxima coisa irritante.
— E daí?
— E daí que não vai ser fácil. Vai ser muito difícil. E vamos ter que trabalhar nisso todos os dias. Mas eu quero fazer isso, porque eu quero você. Eu quero você para sempre. Você e eu, todos os dias. Pode me fazer um favor? Por favor. Será que pode imaginar sua vida daqui a 30 anos, 40 anos? O que você vê? Se se vê com aquele homem, então vá. Vá embora. Perdi você uma vez, acho que posso me acostumar de novo, se for o que você realmente quer. Mas não escolha a saída mais fácil.”
Diário De Um Paixão.

domingo, 11 de março de 2012

Noitinha


Os anos que separam aqueles dois
de terem uma vida à dois; bem poderia
o teleporte já ter sido inventado, mas
a sorte reside do lado oposto da cidade,
"sempre" é a idade da tristeza, "quase"
é o amor em estado gasoso, e "nunca"
é o espaço entre meus lábios e tua nuca.
Cartas escritas na madrugada levam
angústias do silêncio, no envelope, e 
a menina insone tem fome, mas não
encontra alentos na geladeira porque 
está faminta de amores ao relento, dar-se
por inteira à lua, fazê-la sua por instantes,
em prol de melhores dias pela frente, e a
distância ainda rente, dorme, enfim, pra
 sonhar com a proximidade, acorde, e chora,
pelo não alcance das mãos, por mais longe
que se possa ir na cidade...

Le Babiot 

sábado, 10 de março de 2012

20 passos.

...Começar, recomeçar, todos os "çar" existentes e inexistentes... Aprendi que tudo depende de como queremos que aconteça, por mais que esteja triste ou simplesmente morfada por dentro, percebi que é melhor agir com leveza, doçura, sutiliza e todas essas coisinhas que me fazem respirar.
...Pode ser que assim, dessa forma os desejos comecem a ser realizados, nem que seja de uma forma lenta. Tudo que é mais lento trás um prazer, uma satisfação melhor, tudo que deixamos acontecer sem pressa, sem argumentos inválidos acontece de uma forma, doce.

Uma suposta ordem...

Peguei uma caneta e escrevi, peguei um CD e o escutei, tentei de novo. Peguei aquelas fotos e as coloquei em álbum qualquer, bem, levantei da cama e a arrumei, tirei todas aquelas xícaras do quarto, abri a janela e deixei o ar entrar.Respirei, mas respirei fundo, não conseguia entender, mas saí do quarto e continuei respirando. (…) Peguei todas aquelas roupas que estavam espalhadas e as arrumei, bem, tomei aquela ducha e me arrumei. Ainda estava chovendo por dentro, sabia, mas eu sabia também que até em dias de chuva, coisas inesperadas aconteciam

Desacontecimentos...

O amor é lindo, é mágico é revigorante é bonito é tudo isso… Mesmo quando ele te faz sofrer, te faz passar noites acordada chorando a falta dele e você, insiste em dizer que não se importa que já foi, que não pensa nele, que já deixou pra lá e o que sentimento, foi enterrado. Você vai levando, vai vivendo, os dias viram semanas, as semanas viram meses e os meses viram anos e tudo parece normal, tudo está normal. A dor foi tão forte e veio com tanta violência que você já não a sente, ela de alguma forma te anestesiou. Ela existe claro, a dor nunca vai embora ela apenas permanece adormecida. As estações vêm, a primavera, o outono, o inverno que faz com que a dor aflore vez por outra, mas logo vem o verão, que te aquece, não por dentro, mas sim por fora e bem, isso é suficiente para que tudo permaneça intacto. Você lembra dele, sabe dele, chora algumas vezes por ele, mas tudo isso é só lembrança, as únicas coisas que restaram da existência do amor de vocês. Ainda bem que elas existem assim você não cai na própria armadilha, de acreditar que tudo foi um sonho, mas bem que você queria tudo fosse um sonho assim não estaria tão, vazia. Você ler tudo isso a fim de fixar essas palavras em sua cabeça, afim de que elas façam todo esse sentido pra você, você sufoca, sufoca, está asfixiando, está sem ar, sem o seu ar. Ainda respira, mas está morta, falência total do órgão coração, dói. Além de tudo você sabe que não precisa dele para respirar, antes dele você respirava muito bem, você não está sufocando por falta dele, está sufocando simplesmente pela falta da respiração dele junto a sua. Então por favor, não diga a você mesma que não se importa, quando isso é tudo que você sabe fazer.